Essa estranha criatura na verdade se trata de um peixe pulmonado. Ele fascinou os primeiros naturalistas que estudaram as poucas espécies ainda vivas nos tempos modernos. Estes peixes dipnoicos pertencem à classe dos sarcopterígios, peixes ósseos, que apresentam bexiga natatória adaptada à respiração aérea. A sua diversidade foi revivida durante o Período Triássico. Mas, declinou gradualmente restando apenas três gêneros existentes hoje: Neoceratodus na Austrália, Lepidosiren na Amazônia, e quatro espécies do gênero Protopterus na África tropical. A maior delas é a espécie australiana, que podem crescer até 1,8 metros.
Dipnóicos
O nome “Dipnóico” significa “respiro duplo”, porque, além de guelras, todos eles têm um ou dois pulmões funcionais. Ambas as espécies norte-americanas e africanas de peixes pulmonados são dependentes de ar para a sobrevivência, suas guelras degeneraram tanto que se não puderem atingir a superfície acabam se afogando.
Tais características estranhas sugeriu uma vez este grupo de peixes foi o ancestral de todos os vertebrados terrestres. Por exemplo, as espécies australianas ainda tem barbatanas fortes o suficiente para levantar o corpo na terra e ir para outra poça de água. Várias características podem ser usados para reconhecer o Dipnoico, mas sua anatomia cranial é particularmente distinta. O crânio e aparelhos mandibulares tendem a exibir um certo grau de consolidação. Não existem dentes ao longo da mandíbula inferior. As regiões dorsal, caudal e anal em peixes pulmonados são fundidas em uma única barbatana que envolve a metade traseira do animal.
Alimentação dos Dipnóicos
São onívoros e comem uma grande variedade de presas, incluindo crustáceos, larvas de insetos e outros invertebrados como moluscos.
Sobrevivência dos Dipnóicos
No verão Africano permanecem em dormência (estivação). Durante uma seca, eles cavam uma toca na lama e fazem um casulo feito de muco secretado pela pele que se mistura com a lama em torno de si. No casulo há uma pequena abertura ligada à superfície permitindo a entrada de ar suficiente para manter o peixe vivo onde permanece enterrado durante vários meses. Podem permanecer até 2 anos na ausência de água. Quando as chuvas finalmente retornam, emergem e retomam a natação. Várias tocas fossilizadas contendo dipnoicos hibernando foram encontrados em camadas que datam do início do Período Permiano entre 345 a 395 milhões de anos atrás. O comportamento de estivação, o que implica a capacidade de respirar ar pode ter se desenvolvido pela final do Período Devoniano, ou durante o Carbonífero, quando este grupo invadiu os ecossistemas de água doce.
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Foto pegada do wikimedia : Por Mathae – Obra do próprio, CC BY 2.5
Escrito por Maísa Melo Heker
Eu vi uma matéria sobre este peixe no Discouvery e fiquei extremamente impressionado, ele chega ficar até 4 anos em inércia total dentro de um pedaço de barro seco e na primeira chuva que cai e umedece o barro ele sai e vai em busca da poça d’água.
Que bom Marcio que gostou dos peixes dipnóicos e veio até o nosso site para comentar sobre eles.
Agradeço seu comentário.
Um cordial abraço,
Gleidson Henrique.
Esse peixe se come ?
Tudo se come. Veja os Chineses….
Li Dan Brown
Muito interessante.
A natureza como sempre surpreendendo as pessoas…,?
Expendidos, magníficos, impressionante. Viva a natureza !!
São peixes maravilhosos e Intrigantes quanto a sua enorme capacidade de só revivenvia, gostei muito da matéria parabens
Exemplo de como a vida insiste, resiste e permanece apesar de toda ação predatória humana. Parabéns pela reportagem.
Exemplo de como a vida insiste, resiste e permanece apesar de toda ação predatória humana. Parabéns pela reportagem.
Eu sou graduando em Eng.de pesca,vi isso na disciplina de ictiologia, e é impressionante ver quanto esse peixe é resistente ao período de seca.