conheça o Tatu-bola

Tatu-bola, o mascote da copa do mundo no Brasil

O tatu-bola, cujo nome científico é Tolypeutes tricinctus, começou a se popularizar em 2014 ao ser anunciado como o mascote oficial da Copa do Brasil. Pequeno, carismático e muito representativo como mascote para o futebol, caiu nas graças da mídia.

É o menor dos tatus brasileiros, uma espécie pouco estudada e que encontra-se ameaçada de extinção. Com uma ocorrência restrita à Caatinga nordestina e poucas áreas adjacentes, é considerado um animal endêmico. Ou seja, que só ocorre naquele habitat, não sendo encontrado comumente em outras regiões, o que faz do tatu-bola um animal exclusivamente brasileiro.

O tatu-bola não escava buracos como a maioria das espécies de tatus. Suas estratégias de defesa são a fuga e o ato de enrolar-se no formato de uma bola, protegendo as partes moles do corpo no interior da carapaça rígida, o que justifica seu nome popular de tatu-bola.  Apesar de não cavar, aproveita tocas abandonadas e folhagens como abrigos.

Tatu-bola

Mesmo com pouco conhecimento sobre a espécie, sabe-se que o tatu-bola possui hábitos noturnos, se alimenta de cupins e formigas, além de cascas e raízes de plantas, alcança de 32 a 39cm de comprimento, pesa até 1,6kg e que sua cauda é imóvel. As fêmeas produzem no máximo dois filhotes por ninhada que nascem totalmente formados.

O tatu-bola também é conhecido por outros nomes populares, tais como: Tatu-apara, Bola, Bolinha, Tranquinha,Tatu-bola-do-nordeste. As principais ameaças à sobrevivência da espécie são a caça, pois em muitas regiões o tatu é apreciado como iguaria na alimentação humana e a destruição do seu habitat, a Caatinga, muito impactado pelas ações antrópicas.

Habitat e Comportamento do Tatu-bola

O Tatu-bola é um animal noturno que vive em tocas subterrâneas ou buracos em árvores. Ele se alimenta de insetos, larvas, frutas e pequenos animais. O Tatu-bola pode ser encontrado em áreas de Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, mas sua presença é cada vez mais rara devido à destruição dessas áreas.

Espécies de Tatu-bola

Existem três espécies de Tatu-bola: Tolypeutes tricinctus, Tolypeutes matacus e Tolypeutes semistriatus. Todas as espécies de Tatu-bola são ameaçadas de extinção e estão listadas como vulneráveis ​​pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Ameaças ao Tatu-bola

O Tatu-bola enfrenta muitas ameaças em seu ambiente natural, incluindo:

  • Perda de habitat: a destruição de florestas e outras áreas naturais é a maior ameaça ao Tatu-bola. A urbanização, a construção de rodovias e a expansão da agricultura e da pecuária contribuem para a perda de habitat do Tatu-bola.
  • Caça: o Tatu-bola também é caçado por sua carne e pelo valor de sua armadura, que é vendida no mercado negro.

O que está sendo feito para proteger o Tatu-bola?

Felizmente, há esforços para proteger o Tatu-bola e seu habitat. Aqui estão algumas iniciativas em andamento:

  • Criação de áreas de conservação: diversas áreas de conservação foram criadas para proteger o habitat do Tatu-bola.
  • Programas de conscientização: a educação ambiental é fundamental para conscientizar as pessoas sobre a importância do Tatu-bola e da conservação de seu habitat.
  • Esforços para combater a caça ilegal: as autoridades brasileiras estão trabalhando para combater a caça ilegal de Tatu-bola e para proteger a espécie da extinção.

Perguntas frequentes sobre o Tatu-bola

O que significa Tatu-bola?

“Tatu” é a palavra portuguesa para “tatu” e “bola” refere-se à forma arredondada do animal.

O Tatu-bola é um animal ameaçado?

Sim, todas as espécies de Tatu-bola são ameaçadas de extinção e estão listadas como vulneráveis ​​pela IUCN.

O Tatu-bola é encontrado apenas no Brasil?

Sim, o Tatu-bola é encontrado apenas em algumas regiões do Brasil, como a Mata Atlântica e a Caatinga.

Qual é o tamanho de um Tatu-bola?

O Tatu-bola mede cerca de 30 centímetros de comprimento.

O Tatu-bola é um animal noturno?

Sim, o Tatu-bola é um animal noturno que vive em tocas subterrâneas ou buracos em árvores.

O que o Tatu-bola come?

O Tatu-bola se alimenta de insetos, larvas, frutas e pequenos animais.

Por que o Tatu-bola está em perigo de extinção?

O Tatu-bola está em perigo devido à perda de habitat e à caça.

O que está sendo feito para proteger o Tatu-bola?

As iniciativas em andamento incluem a criação de áreas de conservação, programas de conscientização e esforços para combater a caça ilegal.

Qual é o valor da armadura do Tatu-bola?

A armadura do Tatu-bola tem valor no mercado negro devido à sua aparência única e durabilidade.

Como posso ajudar a proteger o Tatu-bola?

Você pode ajudar a proteger o Tatu-bola apoiando iniciativas de conservação, como a criação de áreas de conservação, e divulgando informações sobre a importância de proteger o habitat natural do Tatu-bola.

Existe um outro tatu-bola?

Também conhecido pelo nome popular de tatu-bola, o mataco (Tolypeutes matacus) é um tatu encontrado na Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil, especialmente no estado de Mato Grosso. Tal espécie possui apenas 4 unhas em cada pata anterior. O tatu-bola, do qual nos referimos neste artigo, diferencia-se dessa espécie irmã pela presença de 5 unhas nas patas anteriores.

Tatuzinho de jardim

Tatuzinho de jardim – também conhecido como tatu-bola, é um pequeno crustáceo terrestre que se enrola como uma bolinha e vive no solo, muito comum em vasos e jardins. É inofensivo e muito benéfico nos processos de decomposição da matéria orgânica, além de auxiliar na aeração e retenção de umidade do solo.

Fuleco, o mascote da Copa do Mundo

A forma peculiar com que se defende das ameaças, que é fechando-se em sua carapaça adquirindo um aspecto arredondado que  lembra uma bola, foi decisiva para que o tatu-bola fosse eleito o mascote oficial do maior evento de futebol do planeta.  Após uma votação popular foi batizado com o nome de “Fuleco”.

Fuleco

De acordo com a Fifa, é uma junção das palavras futebol e ecologia. Espera-se que o mascote, sendo uma espécie ameaçada de extinção, possa sensibilizar a opinião pública sobre a importância da preservação do meio ambiente e que, assim, o tatu-bola tenha maior destaque e se torne uma espécie popular e alvo de maiores estudos acerca da sua biologia e conservação.

Os tatus

O tatu é um mamífero da Família dos Dasipodídeos, Ordem dos Desdentados, a mesma dos tamanduás e preguiças. Contudo, os tatus podem apresentar pequenos dentes em cada lado da boca. Em geral, os tatus escavam tocas e túneis com suas garras, à procura de alimento e também para servirem de abrigos.

É um mamífero de hábitos noturnos, onívoro (alimenta-se de outros animais e plantas). Em algumas espécies ocorre um fato curioso na sua reprodução, fato que o torna único entre os mamíferos. Todos os filhotes são gêmeos idênticos e pertencem ao mesmo sexo.

Geralmente os filhotes são quadrigêmeos idênticos. Pois, as fêmeas desse gênero são as únicas entre todos os mamíferos que apresentam poliembrionia obrigatória. Ou seja, um único óvulo fecundado se divide em 4 embriões.

Em alguns países sua carapaça é utilizada para a fabricação de instrumentos musicais. Sua carne serve para consumo humano. A caça e a destruição do seu habitat puseram várias espécies em risco de extinção.

Os tatus mais conhecidos são: tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), tatu-peba (Euphractus sexcinctus), tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) e tatu-canastra (Priodontes giganteus).

Considerações finais

O Tatu-bola é uma espécie única e importante que deve ser protegida. A perda de habitat e a caça ilegal são ameaças reais à sobrevivência dessa espécie. É fundamental que tomemos medidas para proteger o Tatu-bola e seu habitat, incluindo a criação de áreas de conservação e programas de conscientização. Devemos lembrar que a conservação do Tatu-bola é um investimento no futuro do nosso planeta.

A Copa do Brasil foi um dos eventos esportivos mais aguardados do país e, assim como o futebol, a fauna brasileira também é rica e diversa. Sabia que muitos times possuem mascotes que representam animais típicos do Brasil? O Atlético Mineiro, por exemplo, tem um galo como mascote, o Coritiba tem o famoso “Coxa-Branca”, um simpático periquito, e o Bahia tem um simpático caranguejo.

Mas os animais não são apenas representados pelos mascotes dos times. Durante a Copa do Brasil, a natureza também é um cenário importante nas cidades-sede. De norte a sul do país, é possível encontrar animais típicos da região que habitam as áreas próximas aos estádios.

Por isso, é importante preservar o meio ambiente para garantir que esses animais continuem a fazer parte da fauna brasileira e sejam um orgulho para as torcidas e para todo o país. Vamos torcer para que, além dos gols, a Copa do Brasil também seja um momento de conscientização e preservação da nossa fauna e flora.”

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Escrito por Felipe Jacinto